Por favor não me olhe assim desse jeito, com muita vontade de me ver. Tenho corpo miserável, aparência maltrapilha. Meus olhos são mais vivos que eu. Sofro a vida, em cada palavra que se cala. O mundo, em seu cada centímetro e considero o Tempo, o mais venenoso recado divino. Por isso, há muito, bati e escurracei o Dia. E no dia em que a Noite veio à minha casa, vestida de azul,
pude ver sua pele e seus pêlos expulsos, pude comer toda a sua cara. E no final,quando seu corpo padecia, deitado, morto e quieto, porcas borboletas pousavam afim de restos e descanso. Restaram meus olhos, contempladores de escuridões imensas. Restaram minhas negras paredes.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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Perfeito...parabéns!
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