sábado, 27 de fevereiro de 2010

desvairado devaneio.

fui pela primeira vez em sp há uma semana atrás. voltei sem uma foto! mas veio comigo esse texto.


essa deitada parede paulista,
cheirosa cinza estendida,
aos pés dos mundos do pensamento
e da sensibilidade descarada,
que condena seus prisioneiros,realmente insulta.
suborna e vence. enchendo andares subterrâneos das almas,
desconfiadas, mas atentas,
de vontades e cores.
a solidão que grita de cada janela da cidade,
esbarra em outro ouvido,
que berra desesperado,
com ajuda da boca,
uma garoa contaminosa,
que faz calar e entender,
o perfume atrás das esquinas.
a força brutal de seu astral
e da sua disposição muda de agradar.

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