De repente a vida dá aquele estálo do atrito de seus polegares. E mais uma vez assisto minha mulher dormir enquanto encho as linhas do caderno e o copo de geléia. Dessa vez pra experimentar andares retilíneos. Pra comentar toda a complexidade da vida, que atrevimento! Mas posso tentar, claro, ao primeiro passo restringindo a minha própria vida. No dia de hoje, que decidi ficar em casa e obedecer toda aquela "normalidade" de alguém metido em um casamento, embora eu mesmo não entenda onde estará o meu, se no início, no meio ou no fim, preservo-o como sempre gostaria de lembrá-lo. Que sensibilidade drástica! E assim todos os dias e todas as horas chegam, como se fossem compromissos.Ainda hoje! Mas este fim de semana tive folga sábado e domingo,raro...! De maneira entusiasmada pelas horas afastadas de compromisso com o trabalho, decido por uma quetão da gravidade do astral, beber com amigos ao meio dia.
Realmente maravilhoso! Chego em casa, minha mulher maquiada pro almoço. Sinceramente conferi meu relógio e ainda era meio dia. Nesse momento senti que minha vida estava no meio de todas as outras vidas que eram arrastadas até as nossas. Mas aí em outra intervenção de Atena, deu pra pensar: o que não está interligado? Pausa pra respirar as reticências que existem! O que me confunde nesse mal estar são os meus próprios pensamentos! E caio, obediente, mais uma vez. Te chamo de meu amor. Meu amor. Meu amor. E tudo volta à órbita teimosa. Mas tudo segue, como nós seguimos.
Trazendo tudo conosco, reparando os detalhes. Será sempre desejo? Vontade? Que nada, será sempre amor!
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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