fui pela primeira vez em sp há uma semana atrás. voltei sem uma foto! mas veio comigo esse texto.
essa deitada parede paulista,
cheirosa cinza estendida,
aos pés dos mundos do pensamento
e da sensibilidade descarada,
que condena seus prisioneiros,realmente insulta.
suborna e vence. enchendo andares subterrâneos das almas,
desconfiadas, mas atentas,
de vontades e cores.
a solidão que grita de cada janela da cidade,
esbarra em outro ouvido,
que berra desesperado,
com ajuda da boca,
uma garoa contaminosa,
que faz calar e entender,
o perfume atrás das esquinas.
a força brutal de seu astral
e da sua disposição muda de agradar.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Negra Parede.
Por favor não me olhe assim desse jeito, com muita vontade de me ver. Tenho corpo miserável, aparência maltrapilha. Meus olhos são mais vivos que eu. Sofro a vida, em cada palavra que se cala. O mundo, em seu cada centímetro e considero o Tempo, o mais venenoso recado divino. Por isso, há muito, bati e escurracei o Dia. E no dia em que a Noite veio à minha casa, vestida de azul,
pude ver sua pele e seus pêlos expulsos, pude comer toda a sua cara. E no final,quando seu corpo padecia, deitado, morto e quieto, porcas borboletas pousavam afim de restos e descanso. Restaram meus olhos, contempladores de escuridões imensas. Restaram minhas negras paredes.
pude ver sua pele e seus pêlos expulsos, pude comer toda a sua cara. E no final,quando seu corpo padecia, deitado, morto e quieto, porcas borboletas pousavam afim de restos e descanso. Restaram meus olhos, contempladores de escuridões imensas. Restaram minhas negras paredes.
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